terça-feira, 13 de julho de 2010

PAICV - SLO -DECLARAÇÃO POLÍTICA: O 5º Aniversário do Município de São Lourenço dos Órgãos

Faltam nove dias para completar meia década sobre a data em que foram empossados os primeiros dirigentes do Município de São Lourenço dos Órgãos.

Com efeito, foi no dia 21 de Julho de 2005 que a freguesia de São Lourenço dos Órgãos passou a tomar conta do seu próprio destino.

Se hoje estamos a comemorar o mais importante ganho dos caboverdeanos, Independência de Cave Verde, o 35º aniversário, simbolizando o maior ganho de um povo, estamos em São Lourenço a aproximar da data do 5º aniversário deste novel município de São Lourenço dos Órgãos, um Município, que conta com todos os poderes, competências e atribuições reservadas às autarquias locais em Cabo Verde, extraordenário ganho para os sãolourentidos, fruto da proposta do Governo de PAIC e aprovado pelo Parlamento.

Afinal este partido está associado aos Grandes Ganhos do nosso País e da nossa freguesia (Processo de Independência e de Abertura Democrática e o processo de criação do município de São Lourenço.

Naquela altura, a expectativa era grande. E a emoção também. Pois, tudo o que então estava a acontecer, mais não era do que a realização do sonho há muito acalentado por todos os filhos de São Lourenço dos Órgãos, residentes e não residentes, nas ilhas ou na diáspora.

Na verdade, a elevação da freguesia de São Lourenço dos Órgãos à categoria de Município foi o corolário de anos de revindicação e de luta para a autonomização da região, e para a afirmação da dignidade dos filhos do Município, causas essas abraçadas por todos os Sãolourentinos, independentemente das suas crenças políticas, religiosas ou outras.

E é no meio de tantas expectativas, mas também de tantas emoções, é que o Município começava a dar os primeiros passos na senda da sua afirmação e determinação enquanto poder local e órgão administrativo mais perto das populações, e, desde logo, dos seus problemas, mas também, dos seus anseios e aspirações.

Tarefa difícil. Espinhosa mesmo. Sobretudo para quem dava os primeiros passos na gestão autárquica. Mas a equipa, então liderada pelo Eng. Victor Baessa, não vacilou. Antes, arregaçou as mangas e mergulhou-se de corpo e alma no trabalho. A missão fora aceite, o compromisso assumido, e os desafios encarados com determinação.

A tarefa maior seria, obviamente, criar as bases para o funcionamento efectivo de um poder local digno e capaz de continuar o processo de desenvolvimento, após as eleições autárquicas de 2008.

Impunha-se, na ocasião, criar os serviços mínimos capazes de responder às demandas dos munícipes. Mas impunha também trabalhar junto das populações para satisfazer as suas necessidades básicas, nomeadamente a nível do abastecimento de água, da energia eléctrica, do saneamento do meio, da educação, da saúde e do emprego.

É claro que tudo tinha que ser feito ao mesmo tempo e com os mesmos recursos financeiros. Recursos esses que eram escassos, mas que foram suficientes para criar os serviços de Administração e Finanças, Serviços de Abastecimento de Água e Saneamento, Serviço de Fiscalização e da Juventude e Desportos, enquanto se criava um pequeno Parque-Auto para apoiar a equipa da Comissão Instaladora nos serviços de expediente geral e na distribuição de água às populações.

Aliás, data deste período o arranque em força do processo de alargamento da rede de distribuição de água no concelho, contemplando toda a vila de João Teves, São Jorge, mercado, Laje, Lajedo, Mato Raia, entre outras localidades, para além da aquisição de um auto-tanque para assegurar na distribuição de água nas zonas altas do concelho.

No campo da Educação e Formação Profissional, para além do engajamento da CI em todo o processo de construção do Liceu do concelho, importantes protocolos eram assinadas com Escolas de Formação Profissional aqui e no estrangeiro, visando a formação de jovens do concelho.

No domínio da saúde, paralelamente aos apoios médico-medicamentosa, a Comissão Instaladora procurava, junto do Governo, a criação de condições para a fixação de médicos e a transferência de mais enfermeiros de modo a ter um serviço público de saúde á mão do munícipe.

É, pois, nesse ambiente de procura incessante de soluções para o município, é que chegariam as eleições autárquicas de 2008. E o concelho inteiro se juntou à volta da equipa do PAICV, liderada pelo Eng. Victor Baessa, dando maioria qualificada.

O gesto dos Sãolourentinos mais não foi do que a demonstração inequívoca de que as suas expectativas não foram defraudadas durante o período de instalação do município e que gostariam de ver esta mesma dinâmica na condução dos destinos do concelho, agora sufragado por voto popular.

E hoje, quase cinco anos depois, a Bancada do PAICV na Assembleia Municipal de São Lourenço dos Órgãos, quer, com a presente declaração política, juntar a sua voz aos dos munícipes, para parabenizar a equipa liderada pelo Eng. Victor Baessa. Não só pela visão inovadora com que vem dirigindo o município, mas, e sobretudo, pela forma responsável com que vem traçando o desenvolvimento do nosso jovem município, dando assim corpo aos anseios das populações e respondendo às aspirações do concelho.

Tem, pois, todo o nosso apoio e pode contar connosco nesta batalha – preparar dias melhores para os filhos do concelho, criando as bases para um desenvolvimento sustentável do município, sem esquecer a melhoria das condições de vida das famílias e dos seus descendentes.

Nesta esteira, esta bancada, antes de terminar, gostaria de elencar uma série de ganhos, que constitui marcas de uma gestão criteriosa de fundos públicos e que, por isso mesmo, merece a consideração e o respeito de todos.

Na verdade, nesses cinco anos, grandes ganhos teve o concelho, consubstanciados em várias acções e programas, dos quais destacamos as mais importantes:
  1. Protocolo de Geminação assinada com a Câmara Municipal de Anadia no âmbito do Projecto “Geminação para o Desenvolvimento” promovida pela União Europeia.

  2. Protocolos de Cooperação com cerca de 30 Escolas de Formação Profissional em Portugal onde, ao todo, 275 jovens do município estão a frequentar formação profissional em diversas áreas;

  3. Protocolo de Cooperação com a Universidade Católica Portuguesa, onde estão jovens do nosso município a frequentarem o ensino superior;

  4. Formalização de acordos de cooperação com os municípios Portugueses de Odivelas, Moita, Vila Nova de Poiares, Loures, Ourém, Oeiras, Aruda dos Vinhos e Portimão;

  5. Formalização de acordo de Cooperação com Município de Hidrolândia – Brasil e Contactos e manifestação de interesse por parte de alguns outros municípios do Brasil e da Espanha para futuros acordos de cooperação;

  6. Realização de Estudos Preliminares e a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável do Município e do Plano Director Municipal, sem perder de vista a importância que os planos de hierarquia inferior terão no desenvolvimento integral e harmonioso do Concelho.

  7. Aposta na electrificação rural, abrangendo localidades como Órgãos Pequeno, Pico de Antónia, Levada Achada Costa, João Goto, Funco Marques, Funco Bandeira Barragem de Poilão e Pomal.

  8. Desencravamento das zonas altas, como Padjon, Rasta, Boca larga, Fundura, entre outras;

  9. Prestação de apoios sistemáticos às camadas mais vulneráveis da sociedade, nomeadamente, os idosos, as crianças em situação de risco, os portadores de deficiência e os doentes crónicos, de molde a acederem aos bens essenciais, quais sejam, a habitação condigna, a água canalizada, a energia eléctrica, os cuidados de saúde e o rendimento mínimo;

  10. Atribuição de bolsas de estudo, para formação em vários níveis de ensino.

  11. Alargamento de rede de distribuição de água domiciliara e aquisição de autotanque para acudir as localidades mais distantes.

  12. Apoio ao transporte escolar;

Vários são os desafios e acreditamos que a equipa liderada por PAICV está em melhores condições de vence-los.

Os Sãolourentinos bem podem contar com o PAICV
Bem haja São Lourenço dos Órgãos

BANCADA DE PAICV NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL SÃO LOURENÇO DOS ÓRGÃOS


1 comentário:

  1. Formações profissionais no Tarrafal fracassam por culpa da autoridade competente

    No Tarrafal, as ofertas em matéria de formação profissional por parte das organizações não-governamentais estão a ser sabotadas pelo CEFP, o instituto público competente na matéria.

    (Tarrafal, 21.07.2010) O curso de formação em Informática, ministrado pela associação Delta Cultura, já não será continuado em virtude do comportamento do director do CEFP Assomada, Paulino Moreira. Há meses que os ordenados e os certificados de habilitação dos participantes que terminaram o curso são retidos pelo CEFP. Também outras organizações de formação estão a viver a mesma experiência.

    Durante um encontro entre a Dr.ª Madalena Neves, a Ministra do Trabalho, da Família e Solidariedade Social, e a associação Delta Cultura, no Verão de 2009, foi constatado que a juventude da nossa comunidade não tinha, até ao momento, quaisquer possibilidades de realizar uma formação profissional no Tarrafal. Por este motivo, a Delta Cultura instituiu uma formação profissional na área da Informática no Tarrafal, cooperando neste âmbito com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Este instituto estatal seria representado pelo Centro de Emprego e Formação Profissional (CEFP) de Assomada.

    O primeiro curso foi financiado pela Delta Cultura e realizado de forma autónoma, sendo o CEFP responsável pelo pagamento dos ordenados dos formadores.

    Oito jovens do Tarrafal terminaram o curso, tendo sido muito bem-sucedidos, o que lhes permite dispor de melhores condições para encontrar um emprego mais bem remunerado.

    Ao longo da cooperação, o CEFP não respeitou, no entanto, os prazos e as promessas acordadas. Até à data de hoje – sete meses após o início da formação de três meses –, ainda não foram entregues os diplomas oficiais aos formandos nem pagos os ordenados aos formadores.

    Após ter sido inquirido a este respeito pela Delta Cultura, o CEFP apresentou sempre novas desculpas para o facto de não ter cumprido as suas promessas. A entrega dos diplomas e o pagamento dos ordenados é sempre prometido “até ao final da semana”. Os representantes, os assistentes e os funcionários do director Paulino Moreira remetem sempre para o facto de este, exclusivamente competente nesta matéria, não lhes fornecer os elementos necessários para a resolução destas questões. A 13 de Julho, o tesoureiro do CEFP comunicou à Delta Cultura que existiam os mesmos problemas relativos aos pagamentos e à entrega dos diplomas em todos os cursos de formação que foram realizados com parceiros em Chão Bom (Munícipio do Tarrafal) e no Tarrafal. Por conseguinte, os obstáculos levantados ao curso de formação da Delta Cultura não representam um caso isolado. O tesoureiro do CEFP de Assomada não soube, no entanto, referir os motivos para esta situação.

    Tendo em consideração o comportamento do director Paulino Moreira, apenas se pode concluir que este está a sabotar conscientemente o trabalho de organizações parceiras. Fica-se com a sensação de que o CEFP não aceita quaisquer outras organizações no sector da formação profissional. Para além disso, a filiação partidária de Paulino Moreira poderá ser decisiva nesta questão, na medida em que é membro activo do partido governante PAICV, enquanto o Munícipio do Tarrafal é governado pelo MPD.

    Infelizmente, não são apenas as organizações politicamente neutras como a Delta Cultura a sofrer as consequências destes actos – são sobretudo os jovens do Tarrafal, pois as próximas formações profissionais, já planeadas, não poderão ser realizadas devido ao facto de o CEFP não cumprir as suas obrigações.

    “Lamentamos profundamente que as perspectivas de futuro dos jovens do Tarrafal sejam pioradas de forma dramática devido ao comportamento inqualificável do CEFP e do Dr. Moreira”, afirmou Miliana Soares Moreno, presidente da Delta Cultura Cabo Verde.

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