domingo, 23 de agosto de 2009

Pico de Antónia - o paraíso ainda inexplorado II



Opinião



A beleza natural e as potencialidades dessa zona alta. Venham investir em São Loureço!

A beleza natural e as potencialidades dessa zona alta. Venham investir em São Loureço!


A primeira edição faz uma abordagem geral daquilo que é Pico de Antónia em termos de importância estratégica, revelando as suas reais potencialidades dentro do contexto do desenvolvimento do turismo ecológico e das montanhas.
Realmente acredito que esse artigo pode, à primeira vista, ter demonstrado uma grande ambição por parte de um jovem emocionado e muito optimista em relação ao futuro das montanhas. Mas devo dizer que, o que tentei transmitir corresponde o sonho e as expectativas do povo Laurentino, relativo ao destino das zonas altas e de Pico de Antónia, particularmente.
E não é apenas palavra, que esta zona do interior de Santiago faz parte do roteiro turístico internacional, por razões ligadas ao próprio costume da população local, em testemunhar a visita dos chamados “cooperantes” desde os anos 80. Até porque a minha grande paixão pelas línguas estrangeiras nasceu, pouco mais tarde, das relações de aproximação com diferentes turistas Franceses, Ingleses e Alemães) desde a infância na altura em frequentava o liceu de Assomada, vindo reforçar ainda maior interesse pelas línguas e contribuir para a minha definição, como professor liceal de língua estrangeira, antes mesmo de ter ingressado em formação, superior. Isto só para dizer que há muito que Pico de Antónia constitui o sonho (roteiro) turístico internacional e que portanto não podemos e nem devemos parar mais. A imagem apresentada na primeira parte (artigo anterior) determina uma intuição desportiva, não precisando, por isso, de falar das condições oferecidas quanto a prática do alpinismo.

Trata-se, além de mais, de uma zona rica em termos de produção de mangas, podendo resumir, deste modo, a possibilidade do seu aproveitamento para o fabrico de sumos (sumo de manga, multi-frutas). Quanto à sua posição geográfica, as condições climáticas existentes garantem o desenvolvimento de maior cultura da goiaba (existe mas ainda muito incipiente, por causa de inexistência de formação para os agricultores), pêssego, limão, laranja, entre outras.

A partir de Padjon di riba, pode-se observar, doutro lado, um campo verdejante, com cultura de cafeeiro. Segundo Engenheiro Agrónomo Moisés Vaz (o responsável pelos serviços da água na Câmara municipal de São Lourenço dos órgãos) há condições para o desenvolvimento da cultura de morango (existente em São Jorge – introduzida pelo INIDA e em Canárias - introduzida pelo grande empreendedor agrícola de sucesso, S/ Excia, o Senhor Fernando Garcia (Pina que admite ministrar acções de formações aos agricultores, caso for solicitado).

De informar, novamente, que Pico de Antónia está quase na sua totalidade desencravada, faltando, apenas, pequenos reajustes (que estão em vias de realização, não impedindo qualquer investimento, porque são pequenas coisas em termos de acesso a uma ou outra habitação, não constituindo obstáculo a qualquer investimento, nem por parte do estado e nem do sector privado), o que demonstra, desta maneira, a existência de condições em termos de investimento. Hoje, graças ao trabalho de todos nós, pode-se dizer existir maior facilidade de investimento neste ponto uno, podendo oferecer sucesso ou uma mais-valia tanto aos empresários, como ao estado cabo-verdiano.

Se no interior de Santiago o que estava na moda ontem era Ranxo Relax em São Jorge dos Órgãos, hoje é a Quinta da Montanha em Ruivaz - São Domingos, figurando no topo da curva de procura, mas amanhã, no mapa turístico nacional e/ou internacional poderá surgir Pico de Antónia com as suas novas configurações. E, com isso, não quero, de modo algum, nem imprimir ciúmes em relação à bela paisagem de Ruivaz com o seu lúcido empreendimento turístico e nem deixar de sonhar na reabertura do Rancho Relax ou ressurgimento de um novo monstro turístico entre as árvores sombreiras de São Lourenço. Mas sim, pelo contrário, defender a ideia ou interesses corporativos. Até porque chamava especialmente o proprietário da Quinta das montanhas a associar aos outros empresários e projectar uma especial engenharia de investimento em Pico de Antónia. E eu, em nome de um munícipe e também de um apreciador da matéria de Administração de Empresas, garantiria todo o apoio moral necessário para tal.

Termino por aí, reafirmando, mesmo, a necessidade da criação daquilo que apelidei de ZER/M (Zona do Embelezamento rural, ou seja, novos ZDTI’s com características específicas) nas zonas altas, a começar pelo interior de Santiago, porque acredito na existência de condições para o desenvolvimento ainda mais rápido de Cabo Verde. A figura 1 exibe imagem paisagística de Pico de Antónia, acompanhada de uma projecção futura (a sua possível transformação) com relação ao seu desenvolvimento turístico, com infra-estruturas turísticas rurais existentes noutras paragens.

São Lourenço dos Órgãos tem condições para ser o Algarve de Portugal. Não percam mais tempo. Venham investir em São Lourenço! Fica o conselho por parte de quem já tem registado na sua mente, o vosso sucesso!


Silvino Batalha.Contactos: ysilva2002@yahoo.fr; silvino.batalha@hotmail.com
ver: Pico de Antónia - o paraíso ainda inexplorado II

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