O convite veio directamente do presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, e com destinatário expresso, José Maria Neves. O primeiro ministro de Cabo Verde já aceitou o convite e, assim, no dia 22 estará em Nova York para enquanto integrante de um grupo restrito de líderes do nosso continente seleccionado pela administração americana dizer sim a um stand up África.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, é uma das figuras políticas de proa convidadas pelo presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, para participar, no próximo dia 22, numa cimeira de líderes africanos a ter lugar em Nova Iorque.
Este convite de Obama, que seleccionou uma dezena de líderes para debater "num diálogo franco e aberto, sem discursos preparados nem ideias preconcebidas" a forma de chegar a um "stand up" África, é encarado nos corredores do Palácio da Varzea como mais uma confirmação do que já tinha dito Hilary Clinton na sua visita ao nosso país: “a boa governação de Cabo Verde é um exemplo a ser seguido em África".
Pois é, não passam de uma dezena os líderes africanos com quem Obama quer inter-agir sobre a situação política, económica e social, os conflitos armados, a problemática da paz, o processo democrático e o movimento do narcotráfico no no nosso continente.
A cidade da Praia é chamada a desempenhar um papel importante nessa cimeira. « Hillary Clinton afirmou, aquando da sua vista ao nosso país, que se os lideres africanos não querem ouvir Obama, deviam ao menos ouvir o primeiro-ministro José Maria Neves. Ela fundamentou, em encontros privados e não só, que a experiência de boa governação de Cabo Verde devia ser replicado por toda a África”, diz um dos conselheiros de JMN, parafraseando a afirmação da Secretária do Estado Norte-Americana.
Hilary Clinton chegou a Cabo Verde a 13 de Agosto último, na sequência de um périplo que iniciou a 5 do mesmo mês por vários países africanos. Hillary Clinton permaneceu até ao dia seguinte na ilha do Sal e fez, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro José Maria Neves, rasgados elogios ao governo cabo-verdiano, com destaque para o modelo de democracia e progresso económico. "O Presidente Obama e eu dizemos: sim, é possível a boa governação em África. Olhem para Cabo Verde. Poucos países ilustram o potencial da África, melhor do que Cabo Verde. Nenhum outro país africano conseguiu evoluir em todos os aspectos do desenvolvimento como Cabo Verde, da boa Governação à transparência, responsabilidade e responsabilização dos poderes públicos, passando pelas leis e uma democracia que têm conseguido tirar da pobreza o seu povo, elevando essas ilhas à categoria de País de Rendimento Médio".
Mais, a Secretária Norte-americana chegou mesmo a classificar Cabo Verde como "um caso de sucesso inigualável em África", onde a mudança está a acontecer e a lista dos aspectos positivos ultrapassa de longe a dos pontos negativos.
E o primeiro-ministro, José Maria Neves, reforçou essa ideia ao proclamar "nós representamos uma África nova e emergente. Uma África optimista, uma África positiva. Aqui as instituições funcionam. Temos uma democracia pujante, somos um país que promove o Estado de Direito. Temos debates aprofundados e sérios, a imprensa é livre. Somos considerados dos países mais bem governados em África. Temos boa governação, há liberdade, há uma sociedade civil mais forte, há cidadania”.
São, portanto, essas ideias e visões da cidade da Praia, essas sementes que germinaram e deram "bons frutos" no chão do continente que o presidente Barack Obama quer partilhar com alguns líderes africanos no econtro de 22 deste mês, em Nova Iorque. Tudo na perspectiva de contribuir para a paz, a democracia e o desenvolvimento da grande África.
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